Metafisicas canibais: Elementos para uma antropolia pós-estrutural
Com uma escrita erudita, poética e ao mesmo tempo militante, inventiva e mordaz, Eduardo Viveiros de Castro define este Metafísicas canibais como a resenha de um livro imaginário que jamais será capaz de terminar: O Anti-Narciso. O objetivo dessa obra inexistente seria ilustrar a tese de que antropologia é uma versão das práticas de conhecimento indígenas que lhe serviram de estudo. O perspectivismo ameríndio é exemplo de como o estilo de pensamento nativo afeta a imaginação antropológica. Duas obras fundamentais, da filosofia e da antropologia, são os pilares de sua reflexão: O Anti-Édipo, de Deleuze e Guattari e as Mitológicas de Claude Lévi-Strauss. O livro reúne parte significativa da produção do autor desde a publicação de A inconstância da alma selvagem, e apresenta uma formulação atual de sua teoria sobre o perspectivismo, que o consagrou no Brasil e fora dele. Nas palavras de Patrice Maniglier, “Metafísicas canibais é um dos livros de antropologia mais importantes para o pensamento em geral desde O pensamento selvagem. Um livro nascido clássico”.